PAULO FREIRE RESUMO
A pedagogia libertadora de Paulo Reglus Neves Freire
(1921 a 1997), pedagogia dos oprimidos, nome que levou seu livro em 1970, consiste
na educação voltada para a conscientização da opressão, que permitiria a consequente
ação transformadora, inspirando movimentos educacionais e socias no mundo.
Com influências do materialismo histórico de Karl
Marx, do existencialismo de Jean Paul Sartre, da Dialética do Senhor e Escravo
de Hegel, além do revolucionismo anti-imperialista de Ernesto Che Guevara, teve
afinidade com a teologia libertadora Cristã radical e Frantz Fanon na teoria que
exprime a incapacidade de reação dos negros ao opressor. Ademais Freire, foi um
militante anticolonialista. McLaren, Lyssovoy, [s.d.], minha tradução).
No ano do golpe militar de 1964, Paulo Freire
exilou-se na Bolívia, em seguida foi para o Chile trabalhar na UNESCO, quando
escreveu “Pedagogia do Oprimido” em 1970. Então foi para o México e nos Estados
Unidos teve participação em um projeto da Universidade de Harvard. Na Suíça
trabalhou para o Conselho Mundial de Igrejas, além disso, trabalhou em Guiné
Bissau. Em São Paulo foi secretário da educação em 1980. Logo depois, trabalhou
no país caribenho revolucionário Granada, no governo sandinista da Nicarágua e
na Tanzânia. De 1985 até o ano de seu falecimento em 1997, Freire serviu como
presidente honorário do Conselho Internacional de Educação para Adultos. McLaren,
Lyssovoy, [s.d.], minha tradução).
A Pedagogia revolucionária de Paulo Freire,
considerava que a autoridade de ensinar não deveria ser confundida com o
autoritarismo. A humildade traz consigo a comunicação e confiança recíprocas,
numa comunhão reflexiva e com trocas sociais importantes. McLaren, Lyssovoy,
[s.d.], minha tradução).
Na distinção de dois tipos de pedagogia, Paulo Freire
descreve a pedagogia dos dominantes e a pedagogia do oprimido. Na primeira, a educação é autoritária, a
educação é depositada como num banco, e sacada na prova, é verticalizada. Na
segunda, a educação é problematizada, no contato do estudante com seu mundo
vivido e com a opressão introjetada dando sentido à inferioridade. Para as
bases fundamentais do bom ensino, o diálogo deve ser genuíno e alcançar o
pensamento crítico. McLaren, Lyssovoy, [s.d.], minha tradução).
Segundo Paulo Freire o mundo das ideias é valioso, e
pode arquitetar um mundo melhor, uma realidade diferente, desde que o professor
pratique o despertar das experiências vividas no diálogo. Ao contrário da
situação estática imutável, o pensamento crítico gera a conscientização que
traz o aprendizado de que a sociedade é potencialmente aberta à transformação.
Para tanto, a opressão internalizada deve ser desafiada para a abertura da
visão. McLaren, Lyssovoy, [s.d.], minha tradução).
As bases concretas do sistema dialógico educacional de
Paulo Freire é o círculo da cultura, em que assuntos do cotidiano dos alunos são
discutidos. Estes assuntos estão relacionados com a cultura, artes, natureza,
trabalho e relacionamento. Os alunos expressam de modo publicitário as
principais contradições com que se deparam no mundo. Os alunos assim farão a decodificação
das representações daquilo que é sua situação real. Desta forma, o pensamento
crítico ocorre, quando os alunos aprendem a ler a codificação de sua
situcionalidade, ao invés de simplesmente experencializá-la. E é isso que torna
possível a intervenção dos alunos na sociedade. McLaren, Lyssovoy, [s.d.],
minha tradução).
Paulo Freire foi criticado pelas feministas por não
considerar as diversas formas de opressão, pelos conservadores da direita, por serem
opostos à esquerda e por considera-lo demagogo e utópico e pelos marxistas da
esquerda por ter postura cristã e idealista. Ou ainda sofreu críticas por não
considerar o racismo e etnicidade tampouco. McLaren, Lyssovoy, [s.d.], minha
tradução).
MCLAREN,
LISSOVOY, Peter, Noah. Paulo Freire.Education Encyclopedia –
State University.com
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